sábado, 25 de outubro de 2008

Negro Amor

Música de Bob Dylan ( "It's all over now (baby blue)"), versão em português de Caetano Veloso e interpretação dos Engenheiros do Hawaii. Muito bom

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Central Park West - John Coltrane


Eu nunca foi fã de Jazz, tenho de confessar. Mas após esta música tive de rever meus conceitos.
Sobre Coltrane: John William Coltrane (kōl'trān) - (Hamlet, Carolina do Norte, 23 de setembro de 1926 — Long Island, Nova Iorque, 17 de julho de 1967) foi um saxofonista e compositor de jazz norte-americano, comumente considerado pela crítica especializada como o maior sax tenor do jazz e um dos maiores jazzistas e compositores deste gênero de todos os tempos. Sua influência no mundo da música ultrapassa os limites do jazz, indo desde o rock até a música erudita. leia mais (fonte: Wikipedia).

Clique Aqui para baixar a música.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Fado


De meu fado farsante tal qual minha natureza enfadonha
Sonho com minha alma transfigurada em corpo
De subjetividade afinada em minha fome de objetividade
Causo sentir em caos de palavra arrebatada
De paixão em eclipse com revigorada mortificação
Faço de mim o feixe de lenha, ardente inação

Do cais mortuário ao porto secular
De minha morte acesa à luz de um grandiloqüente penar
Faço de minha mortalha a vívida miríade do pensar
Julgar de mim mesmo, passado e futuro ao presente que não é
Ao mundano que se oculte sob os lívidos fulgores de estar.


Poema - Victor Azevedo
Tela - Caravaggio

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Um Dalí nunca é demais

Como já dizia o velho Proudhon...


Sobre a experiência que ele, Pierre Joseph Proudhon, viveu como representante popular na Assembléia Nacional francesa.

"É preciso ter vivido neste isolador que se chama uma Assembléia Nacional para conceber como os homens que ignoram mais completamente o estado de um país são quase sempre aqueles que o representam."

sábado, 4 de outubro de 2008

Eleições 2008: "Esolha seu próximo algoz ou diga não a todos eles"


"Temos guardado um silêncio bastante parecido com a estupidez"
Eduardo Galeano

Estava pensando outro dia sabem...
Vocês sabiam que uma grande parte do congresso brasileiro é composta por grandes latifundiários, donos de universidades e empresários (ou representantes diretos destes)? Sendo assim, como podemos pensar em democracia? Porque, obviamente, a maioria da população brasileira não é proprietária de terras, etc, etc, não é mesmo?
Ou seja, o sistema político brasileiro não é nem um pouco democrático. Os interesses do estado não coincidem com os interesses da nação, ou do povo.
E, na minha opinião, votar é aprovar o sistema político vigente, e dar aval para essa farsa democrática. No fim das contas, é uma ditadura de uma minoria sobre a maioria do povo brasileiro, que nunca vê suas necessidades atendidas. E quem pode mudar isso além de nós mesmos?
Sabem, já repararam em como a mídia faz questão de colocar a culpa do fracasso e da corrupção da política brasileira na população? É a velha estória, a política vai mal por que o povo não vota com consciência. E isso é simplesmente absurdo. Seria bacana se o mesmo jornal nacional que proclama o “voto consciente”, definisse o que esta entidade metafísica significa. Talvez, seja apenas uma quimera...
A própria estrutura político partidária do país não permite que se vote conscientemente
A população não tem o menor controle sobre a política, não tem informação.
A propaganda eleitoral resume-se a seu próprio nome: “propaganda”. O principal objetivo é vender. E hoje em dia nem sequer querem vender uma ideologia, agora nos enfiam goela abaixo uma imagem tão vazia quanto uma novela das 8 . Um desfile de personagens exóticos que proclamam utopias e reformas, sem chegar a questionar acerca de quais são as demandas de maior prioridade, quais os problemas e, principalmente, qual a origem dos problemas. A propaganda eleitoral deveria deixar de ser propaganda. A política do país tem de deixar de ser tratada como mercadoria.
Enquanto me é vedada a possibilidade de votar conscientemente, fico com a única opção plausível para uma coerência trágica que julgo, talvez sem razão, ter: anular o meu voto e manifestar minha total descrença em um sistema político em que as decisões dos representantes do país são geralmente destinadas ao privilégio de uma minoria abastada, mais de estupidez do que propriamente de riquezas, em detrimento do resto, que enquanto não começar a gritar, continuará sendo o “resto”, apesar de ser a maioria, e a maioria, quando acorda, é capaz de mudar.

Poema do mês de outubro de 2008: A Dança


A Dança

Houve um tempo em que a vida dava-me um tapinha nas costas
E dizia: - vede este lugar maravilhoso? Eis o teu mundo.
Hoje a vida continua a dar-me um tapinha nas costas
Dizendo: - vede este lugar estranho e inóspito? Eis o teu mundo.
Ai de mim!
Por que é tenho cada vez mais pesar de ter que ir embora?

Obs: um poema meu, por que não?

Imagem do mês de outubro de 2008


Dia da flor de Diego Rivera, mais uma voz da américa...