segunda-feira, 29 de junho de 2009

Para alguém que me entenda.

Me espere só um segundo,
Só pra ver como dói a sinceridade,
E como é verdadeiro aquele olhar que te dirigi.
Como pode ser perfeito o ideal,
Ideal de dor que persegue a nós dois, moça.

Queria ter coragem para lhe mostrar esse seu mundo,
Mundo de fugas, de aparências cultivadas.
Que queres tu, com a tua modernidade,
És, na verdade, menos contemporânea a cada dia
Bêbada como hoje, mas conformada como ontem.

Pensa um pouco mulher, como pode ser?
Queres guiar? Então, guia!
Mas pensas antes de me beijar, e,
Se calhar, morda-me o lábio até sangrar.

Desse modo saberei o que você realmente deseja.
Retira-me a sanidade de uma vez!
Bata-me na face, corta-me a garganta,
Por favor! Se não for assim, eu não aceito.

Nenhum comentário: