quarta-feira, 6 de agosto de 2008


É com a verdade que tu sonhas menina?

É da verdade que tu dizes tais palavras?

Estás certa que não é de um sonho?

Não seria onírico o teu precioso mundo,

De verdade ocultada por uma sombra de transcendência

Onde os homens se freqüentam por serem simplesmente o que são,

E por nenhuma outra verdade mundana,

Por nenhum outro comércio de idéias?


É menina, eu já a algum tempo já não me faço outra coisa a não ser suicidar-me

Pela dor que, de ser homem se transforma em mercadoria

Por acaso seria do mesmo pão de que se alimentam lebre e lobo?

Por acaso seria o mesmo o papel do rei e do bobo?


Mas, é com infelicidade que digo,

Que há de existir sempre bobos

Que as lebres valerão menos que lobos,

E que homem há de sempre ser uma mercadoria,

Uma mercadoria metafisicamente simples.

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