domingo, 3 de agosto de 2008

Transe


Dedicado a Glauber Rocha e sua

Solitária alma inquieta.

No alto desta noite escura e triste

Estendo meu frágil corpo

Sob um luar disperso em nuvens negras.

Bebo inconstância nas amargas fontes da razão

E me entrego à incerteza do tudo e do nada.

Adormeço e acordo mil vezes a cada segundo

Sem perceber a fria ausência da morte em mim,

Perdôo-me por não pensar a ausente e parto enfim,

Para afogar-me no solitário transe das almas inquietas.

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